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 PROJETO "A VOZ DA NATUREZA" 

Em 2020, após conhecer pela primeira vez as comunidades indígenas da floresta amazônica brasileira da região do Acre, meses depois de sua primeira visita, uma catástrofe ambiental transbordou o rio em torno destas aldeias.

 

Então Cynthia recebeu uma ligação:

 

“Todos nós, indígenas, perdemos nossos instrumentos musicais que foram levados com a água.”

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Cynthia rapidamente moveu sua comunidade no Instagram com essa história, abrindo uma arrecadação online com seus próprios amigos e seguidores, arrecadando assim 48 mil reais em apenas 15 dias.

 

Através dessa iniciativa, 72 instrumentos musicais foram devolvidos para a floresta.

 MAS NÃO BASTOU UMA, FORAM DUAS VEZES... 

Em um segundo momento, em 2023, Cynthia levantou esta iniciativa mais uma vez, arrecadando 32 mil reais e levando mais 50 instrumentos musicais para as aldeias indígenas.

 O QUE AINDA QUEREMOS CRIAR? 

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A ARTE DAS INVISÍVEIS

Desde o nosso primeiro contato nas aldeias indígenas brasileiras do estado do Acre, em 2020, observamos que a maioria das mulheres indígenas possui uma história bem diferente da dos homens indígenas.

 

Mesmo na Amazônia, elas vêm assistindo e gerando logística para os homens saírem, desta vez não para a guerra, mas sim para conhecer e desbravar o mundo e levar a arte da floresta em suas apresentações.

 

Elas são detidas em um espaço de suas próprias aldeias, mesmo tendo a consciência de quanto é importante cada quilômetro de nosso planeta, cada espaço, cada espécie, seja dos seres vegetais ou do mundo animal, todos merecem desfrutar da sua liberdade de ir e vir. Percebemos que elas se sentem desrespeitadas na terra que as viu nascer.

Eis a grande diferença: a maioria dos homens da aldeia possui documentos, oportunidades e negócios fora da aldeia. Enquanto apenas 3 das 68 mulheres da aldeia possuem identidade, ou seja elas simplesmente não existem!

 

Durante a reunião, Cynthia perguntou qual era o maior sonho de cada uma delas e a resposta foi unânime:

conhecer o outro lado do mundo.

OBJETIVO

O objetivo é, através de um RITUAL ESPETÁCULO INDÍGENA, não só sensibilizar o público para conhecer rituais genuinamente brasileiros, mas também o de abrir um protesto público contra a legislação brasileira.

 

Esse espetáculo abordará a falta de inclusão da nossa ancestralidade nos dias atuais. 

Um dos aspectos mais cruéis da invisibilidade dessas mulheres é a recusa do Brasil em registrar indígenas com seus próprios nomes. De acordo com a legislação brasileira, os registros civis só aceitam nomes em português, negando a identidade cultural e ancestral dos povos indígenas.

 

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A imposição de nomes portugueses em documentos oficiais é uma forma de violência simbólica que perpetua a colonização e a subjugação dos povos indígenas. É uma negação de sua existência e de sua dignidade. Essa prática não apenas apaga a história e a herança desses povos, mas também reforça a marginalização e a exclusão social.​

 

Em um país que se orgulha de sua diversidade cultural, essa política é um lembrete doloroso de que ainda há muito a ser feito para alcançar a verdadeira justiça e igualdade.​

Estamos dispostas a protestar contra a política brasileira e registrar essas indígenas com seus próprios nomes.​

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Este projeto é uma prova de resistência e uma lição atrelada a um caminho que nos leva para nossa própria sobrevivência, pois não existe futuro sem o conhecimento das bisavós e avós, pois O FUTURO DA GRANDE ALDEIA CHAMADA TERRA É ANCESTRAL.

FASE 1: DOCUMENTAÇÃO E PROTESTO

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Por falar de invisibilidade, ainda se agrava mais quando se trata do público feminino, como essas mulheres, que nem sequer têm um documento nacional. Vamos fazer história e mudar esse rumo ao registrar essas mulheres não somente como cidadãs, mas sim, cidadãs indígenas.

FASE 2: ORGANIZAÇÃO DOS RITUAIS SAGRADOS ATRAVÉS DA ARTE

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Comprometidas com o respeito da mulher, do meio ambiente e das políticas inclusivas, ajudaremos na montagem do espetáculo e o espaço de comércio sustentável das indígenas, pois se o ciclo inclusivo do comércio de mães e filhas não se completa, não mudaremos o rumo da economia mundial.

 

Por isso, os ensaios serão uma transferência de sabedoria narradas pelas mais velhas e recebidas pelas indígenas mais novas.

 

Não existem Filhas da Terra sem mães, avós e bisavós.

FASE 3: ESPETÁCULO RITUAL

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Depois de documentá-las, e desta forma ganharem o direito de circular no planeta que nasceram e iniciar os ensaios de construção para a apresentação, iremos ao terceiro momento: levá-las para apresentar um “espetáculo ritual” na maior capital econômica do país.

Neste espetáculo, faremos uma apresentação através da arte do teatro, misturando rituais indígenas com um ato de reapresentação na sociedade.

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“Sou uma mulher que traduz a linguagem da Terra. Hoje tenho um documento que prova que eu existo e hoje nesta apresentação você pôde ouvir. Você sabia que o país Brasil até hoje, ano de 2024, não reconhece nomes indígenas em documentos brasileiros? Eu e minhas irmãs indígenas nestes documentos somos Marias, Anas ou Antonias, porque o nosso país Brasil ainda não está preparado para reconhecer e nos chamar por nosso verdadeiro nome: Filhas da Terra."

ACEITA SONHAR ESSE SONHO COM A GENTE?

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